domingo, 15 de janeiro de 2012

Acho melhor ser eu, mesmo sendo chata desse jeito.

Estou ficando velha. Não preciso de fotos de desenhos, brinquedos, brincadeiras ou objetos do passado para perceber isso. Todo 9 de junho eu ganho mais um número na minha idade. Nessa vida que tenho, percebi o quanto eu mudei. Mudei bastante. Mudei conceitos, mudei as ideias que tinha, mudei as visões que possuía, mudei a maneira de ver a vida. Eu fui uma criança sonhadora, chata, boba, que aceitava tudo, que fazia tudo que muitos queriam. Fui do tipo de criança que fazia para agradar. Quantas vezes eu mudei a estação da rádio, ou a cor do short do dia para ser aceita? Que erro. Eu não percebia. Eu não via que a melhor maneira de ser aceita, era apenas sendo eu mesma. Sendo essa pessoa que hoje escreve esse texto. A pessoa que não aceita e fala o que pensa, que se mete naquilo que acha que deve, que canta o que quer, que escuta o que gosta, que usa o que lhe cai bem, que lê o que acha melhor, que pensa da maneira mais liberta possível.

Para que ser do jeito que eles querem, se nem eles mesmo sabem o que querem? Antes sonhadora, comunicativa, fechada, simpática, perfeccionista, leitora, falante, intrometida, seja lá o que for, do que idiota, energúmena, esnobe, mau caráter, mentirosa, odiada por ser uma perfeita pateta. Não se dê ao trabalho de responder pessoas esdrúxulas, não se dê ao trabalho de vestir o que eles querem. Pessoas idiotas e falsas não sabem o que querem da vida, por isso vivem procurando motivo para rir e apontar os defeitos dos outros. A razão é o medo. O medo de ver o tamanho da falta de vergonha na cara e a falta de caráter que nunca tiveram e nunca terão.

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