quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Livre.

Foto retirada do devianArt
Enjoos. Uma dor de repente surgiu dentro de mim. Parecia querer me matar. Achava que fosse morrer. Não aguentava, queria correr. Sumir. Por favor, alguém me mate. Ah, meu coração. Batia tão rápido que por alguns minutos achava que iria infartar. Corri para meu quarto. Tudo girava, tudo ficava escuro. De repente, as lembranças. As lembranças da infância. Como eram doces e divertidas. Árvores e balanços. Músicas da época e seus encantos. Um pula-pula na janela e banhos de mangueiras. Bolada na cara., lama nas pernas e suor no corpo. Todo mundo era igual. Era um chute na bola, chute na perna, um choro aqui, depois estava tudo bem. Sorri por alguns minutos. Como era bom recordar mesmo com as britas que estavam espalhadas nas casas em reforma com os pés descalços, mesmo com as quedas que abriram joelhos e arranharam braços e pernas, mesmo com os galos na testa, mesmo com as palavras que machucavam. 


De repente, uma escuridão. Minha adolescência. Expectativa de uma começo mágico. Mas magia talvez seja coisa de livros e filme, a vida da gente não combina com magia, combina apenas com a realidade. A realidade era doce, mas muitas vezes insistia em ser azeda ou amarga diariamente. Percebi naquela época que eu tinha que correr atrás da felicidade, pois na minha porta ela com certeza não iria bater. Tinha gente que precisava mais que eu, porém o medo sempre foi meu inimigo. Ele me afastava das pessoas. Ele me fazia agir de uma forma que muitas vezes eu não queria. O medo me tornou um ser misterioso que afastava as pessoas ao invés de aproximar. Quantas luzes eu não vi, quantas festas eu perdi, quantas paqueras eu não tive, quantas amores eu desperdicei? Lembro dos momentos ruins. Eles ocuparam minha fase adolescente praticamente toda, porém enquanto lembrava de toda carga negativa sorri, pois também vivi momentos bons, foram poucos, mas me fizeram sentir o que era felicidade. Lembro de ter rido, lembro de ter abraçado, lembro de chegar em casa me sentindo em paz. 


Chorei. A dor aumentava e nada eu podia fazer. Sentei em minha cama. Coloquei as mãos frias no peito esquerdo para sentir meu coração naqueles momentos que pareciam os últimos da minha vida. Batia fraco, cansado, não aguentava mais. As lagrimas cessaram. A dor de repente parou. Respirei e fechei os olhos. A dor voltou como uma espada no meio do coração. Senti a dor lentamente rasgar meus órgãos, espalhar meu sangue no chão. Tudo ficou escuro. Algo saia de mim. Saia com violência. Era uma dor que me fazia ver com claridade o céu e o inferno. Deus sorria e o Diabo fechava a cara. Eu não aguentava mais, porém aquilo saia de dentro de mim. Resolvi olhar. Resolvi vencer meu medo. Meu medo queria me matar. Não queria me deixar viver bem. Ele queria estraçalhar tudo de bom que eu tinha dentro de mim. Ele parecia legal, como um anjo. Mas era um anjo mau. Aquele anjo não me salvava dos males da vida. Aquele anjo me afogava na tristeza dela. Eu não aguentava mais. Eu tinha que vencê-lo, mesmo podendo perder a vida. 
De repente vi sair de dentro de mim a raiva, o ódio, a impaciência, o pessimismo, a ansiedade, a grosseria, a falta de gentileza e principalmente, a amargura. Parecia ter dado a luz, só que estava eliminando as trevas. Eliminando tudo que tinha complicado a minha vida, a tudo que tinha me barrado de ter dias melhores, de tudo que não me permitia ser quem eu era. Dei a luz a tudo aquilo que não atrapalhava a oportunidade de ter uma vida feliz só a mim, mas a muitas pessoas que cultivavam medo em seus corações. Encostei a cabeça no meu travesseiro e tudo girou. Vi escurecer, mas já não endoideci, apenas fechei os olhos para receber minha sentença por tantos anos de covardia. Sorri, pois não teria mais que aguentar a dor diária e o sofrimento repentino. Esperei a morte vir me buscar. Não lembro como aconteceu, mas apaguei. Tinha certeza. Estava morta. 

[...]

Foi assim que eu me senti no dia que eu resolvi não deixar o medo me atrapalhar mais, sabe? Eu sinto que me dei uma nova chance para recomeçar. Eu me sinto uma nova pessoa, mais leve, mais paciente. Eu me sinto apenas mais feliz. Acho que a felicidade achou a minha vida e resolveu ficar comigo quando tomei essa decisão. Machuca, pois ele não quer sair e é por isso que nessa hora, por mais que não tenhas força, seja forte. É a única alternativa que você tem. Não, continuo sem acreditar em algo divino, mas eu realmente acredito que todo mundo tem a chance de ser feliz. Basta vencer o medo. O medo me prendeu, mas resolvi tira-lo da minha vida. Ele estava me matando... a vida vale muito mais que medos tão bobos e estou disposta a viver tudo que eu puder. Que venha tristeza e que venha o que a vida tem de ruim. Eu sou forte. Talvez eu até saiba amar e não estou disposta a perder essa tal felicidade de novo. - Maria, 20 anos. Uma pessoa que se deu uma chance de recomeçar.


* A foto foi tirada por um fotógrafo experimental que vive em Hong Kong. Essa é a página do profissional: http://a-dinosawr-rawrs.deviantart.com/
* The photo was taken by a-dinosawr-rawrs. This person is an Experimental Photographer. You can visit his/ her page here: http://a-dinosawr-rawrs.deviantart.com/

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Frase do dia

As pessoas são livres e seus corações também. São responsáveis exclusivamente por suas respectivas felicidades, porém continuam jogando elas em mãos alheias. Posso estar errada, mas às vezes, acho que o ser humano curte uma pontada de dor no peito esquerdo.











domingo, 15 de janeiro de 2012

Coisas do século XXI: Não quer, doe!


"Eu posso amar com todo coração, amor. Eu sei que eu tenho muito para dar [...]" - Jojo

Para que tanto, Jojo? Foi por isso que você sumiu e não dá notícia desde 2008, não é mesmo? Ou seria culpa da Umbrella da Rihanna? Afinal, ela disse que ele poderia ficar sob o guarda-chuva dela. Anyway, que maldita frase numa música de ritmo legal. Muito amor para o coração de dezesseis anos¹. 

Desde 2000 e alguma coisa que vemos uma parte dos jovens morrendo  por dentro e jurando perder uma parte crucial do corpo humano que bombeia o nosso sangue, o coração. Por que os jovens não percebem que o coração é órgão cego e não se apaixona por ninguém? Vai arrancar o pobre para que? Se não o que, doe. Tem gente na fila de transplante querendo viver. Você sabia? Pois agora saiba. E para que cortar os pulsos e postar no Tumblr.com? Tem gente precisando de sangue.  Ao invés de usar tesoura e afins para tal alto, doe sangue. Salvará vidas. Não cegue seus olhos para não ver o ou a infeliz, doe as córneas. Meninas, não brigue por meninos no meio da rua, sua vida NÃO É UM TEATRO. Sua vida não é um espetáculo. Sua vida, é que a pessoa que escreve diz: é sua. Para de compartilhar frases kibadas, tristezas sem razão? Sua vida vale muito mais a pena que tristeza coletiva: tristeza que todo mundo tem agora. Não se culpe. O século XXI veio sem noção do que quer mesmo. 





¹A cantora americana Jojo tinha dezesseis anos quando a música Too little too late fez sucesso no mundo em 2006. 

Acho melhor ser eu, mesmo sendo chata desse jeito.

Estou ficando velha. Não preciso de fotos de desenhos, brinquedos, brincadeiras ou objetos do passado para perceber isso. Todo 9 de junho eu ganho mais um número na minha idade. Nessa vida que tenho, percebi o quanto eu mudei. Mudei bastante. Mudei conceitos, mudei as ideias que tinha, mudei as visões que possuía, mudei a maneira de ver a vida. Eu fui uma criança sonhadora, chata, boba, que aceitava tudo, que fazia tudo que muitos queriam. Fui do tipo de criança que fazia para agradar. Quantas vezes eu mudei a estação da rádio, ou a cor do short do dia para ser aceita? Que erro. Eu não percebia. Eu não via que a melhor maneira de ser aceita, era apenas sendo eu mesma. Sendo essa pessoa que hoje escreve esse texto. A pessoa que não aceita e fala o que pensa, que se mete naquilo que acha que deve, que canta o que quer, que escuta o que gosta, que usa o que lhe cai bem, que lê o que acha melhor, que pensa da maneira mais liberta possível.

Para que ser do jeito que eles querem, se nem eles mesmo sabem o que querem? Antes sonhadora, comunicativa, fechada, simpática, perfeccionista, leitora, falante, intrometida, seja lá o que for, do que idiota, energúmena, esnobe, mau caráter, mentirosa, odiada por ser uma perfeita pateta. Não se dê ao trabalho de responder pessoas esdrúxulas, não se dê ao trabalho de vestir o que eles querem. Pessoas idiotas e falsas não sabem o que querem da vida, por isso vivem procurando motivo para rir e apontar os defeitos dos outros. A razão é o medo. O medo de ver o tamanho da falta de vergonha na cara e a falta de caráter que nunca tiveram e nunca terão.

Pensamento do dia

Eu sempre me senti como o Pequeno Príncipe. De planeta em planeta, à procura de um mundo diferente do meu mundo egoísta. Pensava que existia uma resposta doce para cada perguntava que tinha. Eu me enganei. Nessa longa viagem descobri que eu era o piloto da história e que tudo que eu achava que era certo, na verdade não passava de uma ilusão e que eu ainda precisava viajar muito para saber o sentido daquilo que eu chamo de vida.  

Parte 1: Nada comum. Eu não aguento mais.

Almoço comum numa semana comum numa vida nada comum.

- Anda. Faça isso. O filho do Heitor da padaria fez e veja só em que ponto aquele moleque magricela chegou? Presidente de um lugar não é para qualquer um, não. Você tem que fazer o mesmo...
- Seu pai está certo. E vamos. Se arrume. Faça aquilo que eu disse no cabelo. Vai ficar bem parecido com o penteado da moça que eu te falei semana passada. E se veste daquele jeito que eu te falei, filha.

Resumindo anos....

O silêncio era a única forma de resposta de Poliana naquele momento. Em seus vinte anos de vida, as pessoas tinham lhe dito o que era melhor para ela sem nem ao menos perguntar se era o que ela pensava. 
Seu irmão tinha tudo que gostaria de ter. Tinha liberdade. Estudava a faculdade que queria. Ninguém dava a ela todas as possibilidades de se sentir bem. Tudo que Poliana conseguia era ficar chateada. Na escola, nunca fora aceita como era. Em seis anos sofrera todo tipo de brincadeira maldosa que nenhuma criança gostaria de sofrer. Por ser ruiva, magra e muito pálida, sofrera e muito. Não compreendia a maldade de seus colegas. Nunca fizera nada de ruim para ninguém na sua vida, mas a vida resolveu brincar com ela de uma forma que ela não tinha força para aguentar e as tais brincadeiras machucavam até a alma. Eram ofensas, palavras que machucavam mais do que uma boa surra de arrame.

Foi crescendo. Ignorando aquelas palavras que se tornaram cicatrizes em seu coração.Observava, mas não preferia falar. O silêncio tinha se tornado seu companheiro. Não tinha amigos. Passava uma boa parte de sua vida lendo, vendo séries, desenhando e criando comerciais e programas de TV. Guardava tudo que fazia, pois acreditava que um dia tudo aquilo lhe seria útil. Quando menor, escrevia sua angustias em cadernos. Poesias, canções, toda forma que pudesse amenizar a dor que sentia e sabia que jamais seria esquecida por mais cimento que colocasse em cima. No ensino médio, todo mundo parecia querer muda-la.
- Vista-se assim. Você tem 15 anos e se veste como uma garotinha de 13 anos.
Quantas vezes tinha escutado:
- Coloque uma calça mais apertada. Vai valorizar você. Vou te comprar uma.
- Faça escova no cabelo. Passe rímel nos olhos e gloss na boca. Vai ficar tão bem.
Poliana não queria isso tudo na vida. Estava satisfeita em ser a primeira da sua turma e se vestir com calça jeans que não apertava o juíza e camisetas com infirmações. Adorava seu cabelo cacheado e cheio preso. Gostava do jeito que se vestia e não queria ser o centro das atenções. No antigo colégio era o alvo do deboche, agora só queria ficar no seu canto, sozinha. Nunca tinha chamada atenção de garoto nenhum, a não ser para ser alvo de piadinhas. Seus fones de ouvido e seus livros eram seus maiores companheiros. Estavam onde Poliana estava. A libertavam de um mundo medíocre o qual achava que jamais seria feliz. Era dolorido pensar isso, mas ninguém nunca lhe mostrara o contrário.

Conversava com o cão. Passava horas dizendo como se sentia. Borges era o única que a ouvia sem demonstrar tédio ou impaciência. Sentava ao seu lado e ficava lá, até a dona retirar toda a dor que tinha dentro de si:

- Eu nunca quis ser assim. Sempre fui do tipo que esperava tudo mudar, sabe? Eu nunca pedi para que tais coisas acontecessem. Eu sempre quis ser normal como os outros. Às vezes, me pergunto, o que eu fiz para merecer tanto sofrimento e tanta dor. Até hoje não tive resposta. Até hoje não tive mudança. A mudança que sonhei e sonho desde sempre. Será que mereço isso? Será que eu fui uma muquirana desgraçada no passado e agora estou pagando no presente? Por que as pessoas querem me mudar? Por que as pessoas querem que eu seja de um forma? Eu me sinto tão feliz sendo assim. Gosto de fazer as coisas que trazem paz ao meu coração. Gosto de criar textos, desenhos, gosto de fazer esse tipo de arte. Gosto de vestir essas roupas. Gosto de conversar sobre tais assuntos. Não gosto do meu cabelo desse jeito, mas veja só ele, Borges? Olha o tamanho dele. Ele dá trabalho. E sou uma alma em forma de humano. Dá trabalho dar vida a esse ser sem vida que eu sou. Por que eu não posso ser do jeito que eu sou? Por que as pessoas insistem em me machucar e me dizer que meus planos não vão dar certo? Que eu não serei alguém? Eu deveria acreditar em mim. Eu sei que devo, mas tudo isso me chateia tanto... Por que eu não posso ser feliz?

Continua...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hoje no Circo tem

Todo Circo tem seu final de espetáculo: as luzes se apagam, as cortinas se fecham, a plateia desce e as risadas se sessam. Artistas de volta para o picadeiro da dor e da solidão ao som do jazz que já não segura a verdade escondida e aos goles da bebida que não curam as feridas. As lágrimas dos palhaços que vem no colorido do circo montado uma razão para querer voltar no passado e desistir da ideia de ser artista de Circo. Como praguejam um dia ter visto as cores da vida nas cores do circo.
- É, Zé. Vida de circo é vida de condenado. 
Há sempre o esperançoso. 
- Que isso, João. Há muito mais cor na metafisica do atuar, do entreter, do sorrir e do fazer.
- Guarde sua metafísica, meu caro. Os tempos mudaram e as crianças são outras. Pagam uma fortuna para ver os espetáculos de Circos famosos, mas ao passarem por um simples local como o de um circo como esse nas ruas, sentem nojo e até riem de nossas condições externas. Olhe para nós? O que somos? Desgraçados lutando por miseras piadas, piadas que já não trazem alegria ao lar de ninguém. As pessoas que vem até nós, vem por falta de opção, meu caro. Não estão aqui para se satisfazer com a alegria de um circo, mas por não ter opção nessa cidade de miseráveis. Acho que até um circo de horrores faria mais sucesso que esse pocilga. Ninguém quer circos. A vida é diariamente um circo na vida  de qualquer um.
- Meu amigo, falas isso por estar bêbado!
- Não. Falo por que um dia larguei minha vida de moleque do interior que até tinha a possibilidade de ir estudar para ser doutor para me aventurar de cidade em cidade ao som e as cores do Circo que um dia trouxe muita alegria para muita gente. Veja só? O que somos? Pobres miseráveis. Vagabundos para muitos. Maus exemplos. 
- João, falas de uma forma que me deixa assustado.
- Zé, falo apenas a verdade. As pessoas vivem o que vivemos. Tentam rir para esconder a tristeza, usam maquiagem para esconder a dor e tentam fazer das palavras piadas para afastar a solidão e o desespero. Elas pensam que é como um circo, mas nem o circo é feito apenas de alegria. É feito com tudo que a vida pode transbordar em cima de nós. Assim é a vida, Zé. Diariamente, ela transborda tudo que a gente pode viver, mas que nós não podemos segurar. É colorida, risonha, banal e tristonha. Essa é a vida. Vida de Circo, vida vivida. 
Zé engoliu aquelas palavras e foi para fora pensar. Sentando numa pedra em alguma praça daquela cidade que não sabia o nome, se perguntava:
Que sentindo sua vida teria se não fosse assim?
Olhou para os lados, olhou para o céu. Viu estrelas e teve a certeza que não poderia voltar e continuar mentindo para si mesmo só trazia mais dor e angustia. Percebeu que a vida que sonhara tinha ficado no começo da vida que vivia e que não poderia fazer mais nada até o fim de seus dias. Era um miserável do circo, era um miserável da vida. Machucava pensar que não teria outra saída, mas machucava mais ter mentido por tanto tempo na sua vida e forjado por tantos anos de sua vida um sorriso sem significado e uma risada sem harmonia. 

Frase do dia

Tentar outra vez nunca é demais. Basta tentar de novo. Porém tente por aquilo que vale a pena. E não por um capricho infantil, afinal crianças crescem um dia. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sobre o Blog.

Apesar de ter conhecimento sobre o universo dos Blog's e o quão difícil é tentar tornar  um, um sucesso, pela décima vez, eu tento. Tentar outra vez nunca é demais. Basta tentar de novo. Porém é muito difícil. Escrever algo coeso e coerente, acessível a todos e que atraia todo tipo de público é realmente chato, pois no começo nada parece dar certo. Tantas tentativas e o barco parece naufragar o tempo todo. Tantos temas escolhidos, textos revisados, tentativas de atração, tudo indo pelo ralo. Dessa vez, vou tentar não fazer dessa forma, mas fazer da forma que todo mundo gosta. Tentarei englobar todos os temas para todos os públicos. Ainda não sei sobre o que irei falar, mas nada melhor como o tempo para me mostrar. Let's go que esse ano nem começou.